terça-feira, 28 de janeiro de 2014

Desmame (parte 2)

Numa bela manhã de sexta, 10 de janeiro do presente ano, eu resolvi que não ia mais dar mamá pro Bruninho. Fiz curativos nos seios com esparadrapo e quando ele vinha pedir o "pepê" eu mostrava e explicava que tava dodói. Confesso que eu pensei que ia ser muito mais difícil, que ele ia dar escândalo, se revirar pelo chão, se debater pedindo o "pepê". Mas para a minha surpresa, isso não aconteceu. Por incrível que pareça ele entendeu. 
No primeiro dia ele peguntava o tempo inteiro pelo "pepê", mas eu dava sempre a mesma explicação que o "pepê" tava dodói e ele foi entendendo. No fim do primeiro dia meus seios estavam estourando de tanto leite e Bruninho para dormir, se deitou bem coladinho a mim e ficou fazendo carinho no "pepê" e sempre dizendo que tava dodói. Nesse dia eu tomei a primeira dose do Dostinex, receitado pela minha médica, na esperança de que o efeito fosse imediato. Ledo engano.
Nos dias seguintes eu tomei a segunda dose do Dostinex, mas meus seios continuaram vazando e bastante inchados por conta do leite, mas eu estava decidida a parar com a amamentação. E nesse processo, eu sofri muito mais com as dores do peito cheio do que o Bruninho com a falta do "pepê", porque com o passar dos dias ele foi perguntando cada vez menos e foi se alimentando cada vez melhor. E para mim, esse foi o maior benefício do desmame. A alimentação dele está mais variada e agora ele não pula mais nenhuma refeição e nem os lanches, tá comendo de tudo.
Cheguei a conclusão de que foi no momento que tinha de ser, sem traumas para ele, que era a minha maior preocupação. Hoje, 17 dias depois do início do desmame, o Bruninho quase não pergunta pelo peito, uma semana depois do uso do Dostinex o leite finalmente secou, mas eu continuo com os curativos nos seios porque vira e mexe o danadinho pergunta pelo "pepê" e ele quer ver se está mesmo dodói. Para evitar recaídas dele (e minha) preferi deixar assim.

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